A Embraer espera ser lucrativa no segundo trimestre deste ano e em todo o restante de 2009, apesar do prejuízo registrado no primeiro trimestre, afirmou o presidente da companhia, Frederico Fleury Curado, durante a Paris Air Show. Segundo o executivo, a Embraer está no caminho certo para cumprir sua meta de ampliar a margem de ganhos Ebit para 10% neste ano, de 8,5% no ano passado, embora a variação do câmbio externo apresente certa incerteza, dada a propensão do real à flutuação.
A Embraer e seus concorrentes enfrentam um ano difícil e 2010 provavelmente será mais desafiador, de acordo com Curado. No entanto, o executivo acrescentou que espera que 2011 traga progressos, apesar de isso não estar garantido. “Falar em 2011 atualmente é como planejar no longo prazo”, disse. “Acredito que 2011 não será materialmente muito melhor nem muito pior que 2010″, acrescentou Curado.
Para o presidente da Embraer, a companhia vai superar a turbulência econômica com ajuda de US$ 20 bilhões em encomendas. “Estamos relativamente bem posicionados para emergir dessa crise tão forte quanto possível”, disse Curado. O prejuízo registrado no primeiro trimestre deste ano, afirmou o executivo, foi quase todo devido às despesas relacionadas a demissões, já que a companhia se reestruturou no início do ano para enfrentar o atual ambiente econômico.
Durante a reestruturação, a Embraer fez um corte de 20% em sua força de trabalho, mas Curado afirmou que novos cortes não são planejados. “Vamos nos esforçar duramente para não fazer isso”, declarou o executivo. A Embraer deve reduzir os estoques que cresceram no primeiro trimestre, com a velocidade ganhando ritmo no segundo semestre do ano, segundo Curado. O executivo prevê que os estoques vão cair abaixo dos níveis do fim de 2008 até o fim deste ano.
Curado afirmou também que a Embraer está recebendo pedidos de empresas aéreas por adiamento de entregas de aviões. No início deste ano, a companhia concordou em reduzir pela metade a encomenda de 50 aeronaves feita por um parceiro chinês. A Embraer está operando com 70% da capacidade e pouca melhora é esperada até 2011. Segundo Curado, a Embraer não tem planos para fazer aquisições em breve e dará preferência para o crescimento orgânico. O executivo afirmou ainda que os mercados mais promissores geograficamente para a empresa são a América Latina e a Ásia, embora haja esperança de que o congelado mercado dos EUA se abra novamente.
FONTE: Abril.com / Blog do Poder Aéreo
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