4.9.09

Bombardier vê estabilização no mercado de aviação executiva

A fabricante canadense de aviões Bombardier acredita que o mercado de jatos executivos parece estar se estabilizando, após acentuado baque em meio ao agravamento da crise financeira global no final do ano passado.

A empresa, maior concorrente da Embraer na produção de aeronaves comerciais regionais, anunciou nesta quarta-feira que teve queda de 22 por cento no lucro trimestral.

O resultado foi consequência dos fracos negócios no normalmente lucrativo setor de aviação executiva. Apesar disso, as ações da companhia saltaram, uma vez que o lucro superou as previsões de analistas.

A Bombardier disse que teve 80 cancelamentos de encomendas para jatos executivos no último trimestre fiscal, fechado em 31 de julho, e apenas 27 novas encomendas.

Os cancelamentos incluem uma encomenda firme por 25 aviões modelo Learjet da empresa privada iniciante Jet Republic, que entrou em colapso em agosto.

"Nós percebemos uma diminuição nos cancelamentos ao longo do trimestre", disse o presidente da Bombardier Aerospace, Guy Hachey, em teleconferência.

As novas encomendas por jatos executivos quase dobraram em relação ao trimestre anterior, a maior parte vinda no final do período. Hachey afirmou que a tendência prossegue no trimestre atual.

"Ocorre uma estabilização e percebemos isso no nível industrial", disse, ressoando declarações semelhantes feitas recentemente por suas concorrentes Textron e General Dynamics.

As ações da empresa subiram 7 por cento, para 4,10 dólares canadenses, na bolsa de Toronto. As ações acumulam valorização de quase 90 por cento desde que atingiram seu nível mais baixo no ano, em março.

A empresa afirmou que seu balanço continua sólido, com 2,8 bilhões de dólares em caixa e 760 milhões em investimentos e garantias.

A Bombardier também afirmou nesta quarta-feira que conseguiu uma linha crédito rotativo de 500 milhões de dólares.

O presidente-executivo da empresa, Pierre Beaudoin, disse durante a teleconferência que a companhia quer garantir que tem toda a flexibilidade necessária para seguir em frente, independentemente do desempenho da economia.

"Temos dois grandes projetos de avião no momento... Não pretendemos usar o (crédito) rotativo, mas ter essa garantia enquanto temos esses dois grandes projetos com novos jatos é prudente", acrescentou.

Fonte: Abril

Nenhum comentário: