A Azul Linhas Aéreas está contratando cerca de US$ 210 milhões de pelo menos cinco bancos, entre nacionais e internacionais. Os empréstimos estão "praticamente equacionados" e financiarão a compra de sete aeronaves da Embraer em 2010, informou o presidente da companhia aérea, Pedro Janot.
A empresa, que começou a voar em dezembro de 2008, planeja encerrar este ano com 14 aeronaves em sua frota, composta pelo jato Embraer 190, que tem capacidade para 106 pessoas, e o modelo 195, com 118 assentos. Para começar a operar, a Azul encomendou 40 aeronaves da fabricante brasileira e fez opção de compra para outras 36.
O executivo expôs a pretensão de equipar a frota com 21 aviões em 2010, passando a 57 aeronaves ao fim de 2013. O número de cidades atendidas, que deverá totalizar 18 no ano que vem, pulará para 26 em 2013.
Janot acredita que a Azul passará a ser rentável no final deste exercício, quando terá transportado mais de 2 milhões de passageiros desde o início de suas operações. Em 2010, o número de clientes deve pular para 3,44 milhões, com possibilidade de alcançar 8,69 milhões até 2013.
Por enquanto, os planos de abertura de capital da Azul estão congelados, segundo Janot, pois a prioridade da empresa é se estruturar. Mas a partir de 2011, destacou o presidente, o plano de listar ações na bolsa ganha corpo.
Janot destacou o "enorme potencial do mercado brasileiro", que tem experimentado avanços quatro vezes superiores ao do Produto Interno Bruto (PIB) e sinaliza a perspectiva de "dobrar de tamanho em cinco anos".
Ele afirmou que a Azul mostrará em setembro uma taxa de ocupação de 81%, na terceira posição do mercado, contra uma taxa de 45% do início de suas atividades. "Seremos novamente o terceiro colocado e conquistamos isso com 12 aviões, enquanto a WebJet opera com 16 aeronaves", enfatizou Janot, antes de emendar que "a terceira posição no ranking não é importante, o que vale é ser a melhor em cada rota".
Com relação a voos para o exterior, Janot observou que este não seria um projeto de curto prazo. "Depois de um horizonte de cinco anos, por que não?", questionou, comentando que o modelo 190 da Embraer vem nos moldes exatos para rotas na América do Sul.
Durante palestra hoje na Câmara Britânica de Comércio e Indústria (Britcham), em São Paulo, o presidente da Azul criticou o que chamou de "guerra de tarifas" entre TAM e GOL para a busca de participação de mercado. "Nosso desafio está no duopólio: as duas passaram a se digladiar para ganhar clientes e entraram em uma guerra de tarifas nunca antes vista", afirmou.
Ele concorda que os preços das passagens estão voltando a subir, já que as tarifas promocionais acabaram afetando a rentabilidade do setor. E diz que acompanhará seus concorrentes para seguir na direção da recomposição tarifária.
Fonte: Abril
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