8.1.10

Relatório de bomba vai chocar, diz assessor de segurança dos EUA

Os norte-americanos vão sentir "certo choque" com o relatório da Casa Branca a ser divulgado nesta quinta-feira sobre lapsos de segurança na tentativa de explodir um avião comercial com destino a Detroit no dia de Natal, disse em entrevista ao USA Today o assessor de segurança nacional James Jones.

O presidente Barack Obama está "justificada e corretamente alarmado pelo fato de que coisas que estavam disponíveis, pedaços de informações e padrões de comportamento dos quais se tinha conhecimento, não resultaram em nenhuma ação prévia," disse Jones na entrevista publicada na quinta-feira.

Assessor principal de Obama para questões de segurança e política externa, Jones previu que o público norte-americano sentirá "um certo choque" quando tomar conhecimento do relatório que a Casa Branca deve divulgar ainda hoje.

"Foram dois casos", disse ele, referindo-se à tentativa frustrada de explodir o avião em Detroit e a um incidente em novembro em que o major Nidal Hasan, psiquiatra do Exército dos EUA, atirou contra várias pessoas na base de Fort Hood, no Texas. Em ambos os casos, as autoridades não tomaram medidas de prevenção apesar de indícios anteriores de problemas.

Mas Jones sugeriu que o relatório mostrará que a administração Obama agora está preparada e atenta.

"Sabemos o que aconteceu, sabemos o que não aconteceu e sabemos como resolver o problema", disse ele ao jornal. "Isso deve ser um aspecto encorajador. Não precisamos reinventar nada para assegurar que não se repita."

Obama está previsto para dar uma declaração pública quando a Casa Branca divulgar o relatório. A expectativa é que o documento apresente recomendações de como tampar brechas na segurança, incluindo mudanças nos procedimentos de verificação e revista de passageiros e nas listas de suspeitos de terrorismo a serem monitorados.

Obama já reconheceu que houve uma "falha" de segurança que, segundo autoridades, permitiu que um nigeriano embarcasse em Amsterdã no dia de Natal em um avião com destino a Detroit com explosivos costurados em sua cueca. Os explosivos acabaram não detonando.

O suspeito Umar Farouk Abdulmutallab foi indiciado por um grande júri federal na quarta-feira por tentativa de homicídio de 289 passageiros e tripulantes no vôo 253 da Northwest Airlines e por tentativa de uso de arma de destruição em massa.

fonte: O Globo

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