Aproximação dos céus da UE e dos EUA vai gerar 12 mil milhões de euros
Segunda fase do acordo de Céu Aberto foi assinada hoje e vai facilitar e harmonizar negócio do transporte aéreo entre as duas regiões.
O mercado da aviação deverá ficar mais liberalizado entre a UE e os EUA
A Comissão Europeia e o secretário de Estado dos Transportes norte-americano deram hoje um novo passo na concretização do acordo de Céu Aberto entre a União Europeia (UE) e os Estados Unidos. Estima-se que tenha um impacto económico de 12 mil milhões de euros e que permita criar 80.000 novos postos de trabalho.
O acordo assinado hoje, que constitui a segunda fase do acordo de Céu Aberto (iniciado em 2007), tem como objectivo facilitar e harmonizar o negócio do transporte aéreo nestes dois grandes mercados, que representam 60 por cento da aviação mundial.
Uma das principais medidas consiste na autorização de as empresas europeias poderem deter uma posição maioritária no capital das congéneres norte-americanas. Até agora, estavam limitadas a uma participação não superior a 25 por cento.
Além disso, o acordo vai criar novas oportunidades comerciais para companhias de aviação, uma vez que a UE e os EUA assumiram "o compromisso de eliminar as restrições em matéria de acesso ao mercado", refere um comunicado da Comissão Europeia.
Haverá ainda uma aposta na harmonização das regras que regulamentam o transporte aéreo, nomeadamente no que diz respeito a questões ligadas ao ambiente, ruído nos aeroportos e combustíveis. E a eliminação de obstáculos burocráticos, como é o caso do duplo controlo de segurança.
De acordo a Comissão Europeia, a aplicação deste acordo trará benefícios económicos de 12 mil milhões de euros e a criação de até 80.000 novos postos de trabalho. Vai permitir transportar mais 26 milhões de passageiros nas rotas transatlânticas, que actualmente movimentam 50 milhões de pessoas por ano.
Para os passageiros, poderá significar uma redução do preço dos bilhetes, "com benefícios económicos consolidados entre os 6,4 e os 12 mil milhões de euros num período de cinco anos", acrescenta Bruxelas.
Assinado o acordo, será necessário obter a aprovação do Parlamento Europeu, bem como a ratificação por todos os Estados-Membros para que possa entrar oficialmente em vigor.
Fonte: Economia publico pt
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