17.6.10

Embraer tem interesse em acordo com controlador da Airbus

No início do mês, o executivo-chefe da EADS disse que estava interessado no trabalho com a empresa brasileira

A Embraer disse que pode estar interessada em um acordo de cooperação com a European Aeronautic Defence & Space (EADS), dependendo do tipo de projeto que a companhia europeia, que controla a Airbus, tem em mente. O vice-presidente de Inteligência de Mercado - Aviação Comercial da Embraer, Luiz Sérgio Chiessi, afirmou a jornalistas às margens de uma apresentação da companhia: "É claro que nós estamos abertos para conversações" com a EADS. "Mas isso depende do que eles querem colocar na mesa. Eu gostaria realmente de saber."

No início do mês, o executivo-chefe da EADS, Louis Gallois, disse que estava interessado no trabalho com a empresa brasileira. "Nós temos um grande respeito pela Embraer", afirmou Gallois, acrescentando: "Estamos ansiosos em procurar formas de parceria." Mas no último fim de semana, o executivo moderou seu comentário inicial, dizendo: "Não há nada acontecendo" no que diz respeito às discussões com a Embraer

A companhia brasileira está buscando novos produtos para expandir sua participação no mercado regional de jatos, disse Chiessi. O executivo reafirmou que a decisão pode ser anunciada até o final de ano.

Segundo ele, a Embraer colocou de lado a ideia de produzir novas aeronaves turboprop movidas por motores de rotor aberto eficientes por enquanto. Vários obstáculos técnicos, como questões de segurança e de ruído, ainda têm que ser superados antes que os motores de rotor aberto sejam adotados pelas companhias aéreas.

A ampliação do catálogo para incluir uma aeronave nova e maior, que competiria potencialmente com os aviões narrow-body (com um único corredor) da Airbus e da Boeing, também não é o foco principal da empresa, afirmou Chiessi

Em vez disso, segundo o executivo, a Embraer está buscando uma "evolução" da sua gama atual de jato regionais, agregando desenvolvimentos tecnológicos, como novos motores e uma nova asa, mas mantendo a mesma fuselagem.

Fonte: Estadão

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