Nos próximos cinco anos, serão investidos cerca de R$ 500 milhões em projetos envolvendo a cultura do pinhão-manso para produção de combustíveis, principalmente na elaboração da logística de plantio da oleaginosa. A estimativa é do presidente da Associação Brasileira do Pinhão-Manso (ABPPM), Mike Lu, que planeja envolver agricultores familiares no processo de expansão da cultura.
Os recursos, segundo Lu, serão prospectados junto a bancos de financiamento internacional, como o Bird e o Banco Mundial, além do mercado de capitais. “Temos mantido ainda conversações com companhias dos EUA e Alemanha, que têm interesse em investir no setor no Brasil”, afirma.
A ABPPM trabalha atualmente na instalação de uma plataforma integrada brasileira de bioquerosene, em parceria com a empresa de aviação TAM, que está se colocando como uma das compradoras de pinhão-manso no país. O projeto já conta com um módulo agrícola com diversos associados para sustentar o cultivo da oleaginosa. “Estamos agora organizando a parte do esmagamento, pré-refino e parte industrial para conversão do óleo em bioquerosene e diesel verde, que estão entre os principais derivados do pinhão-manso”, conclui.
Atraso relativo
De acordo com o executivo, o estágio incipiente da cultura do pinhão-manso no Brasil se deve ao relativo atraso no desenvolvimento das pesquisas no país. “O pinhão manso já decolou fora do Brasil. Aqui ainda estamos numa curva inicial. Nos EUA, por exemplo, já conseguiram o 1º cultivar de alta produtividade”, argumenta Lu, lembrando que apenas em novembro de 2009 foi desenvolvido o PDI (Plano de Desenvolvimento e Inovação) para a cultura.
Fonte: Portal Energia
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