23.11.10

Anac detalha plano de contingência para aeroportos no fim de ano

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), o Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea), a Infraero e as principais empresas aéreas brasileiras definiram hoje o planejamento para evitar gargalos nos aeroportos do país durante as festas de fim de ano. A Infraero estima em 20% o crescimento na movimentação de passageiros durante a alta temporada, estimulada pela demanda de fim de ano.

Entre as principais medidas tomadas estão a obrigação de que as empresas mantenham uma aeronave de reserva; a proibição do overbooking; a obrigação do endosso de passagens; a ocupação de todas as posições de chek-in nos horários de pico entre 17 de dezembro e 3 de janeiro; a antecipação da manutenção dos aviões; e a apresentação dos planos de contingência pelas companhias.

A Anac confirmou que apenas a Trip ainda não enviou o plano de contingência para o fim do ano. Representantes de todas as empresas garantiram medidas para evitar problemas nos feriados de fim de ano.

"Tomamos medidas para lidar com o fim do ano, quando tem um aumento da ocupação das aeronaves para 90% a 95% da capacidade. Temos que estar atentos", disse a presidente da Anac, Solange Vieira.

As companhias aéreas que participaram da reunião na sede da Anac no Rio de Janeiro apresentaram números para comprovar o trabalho para evitar falhas nas operações aeroportuárias. O presidente da TAM, Líbano Barroso, revelou que a companhia contratou mais 1.300 tripulantes e 700 funcionários de terra, além de designar cinco aeronaves para reserva entre 1º de dezembro e 31 de janeiro.

"Teremos ainda a disponibilidade de aviões que atuam em voos internacionais e que, durante o dia, ficam em Guarulhos ou no Galeão", revelou Barroso, que estima uma ocupação entre 70% e 75% nos voos domésticos e entre 75% e 85% nos voos internacionais no fim do ano.

O presidente da Webjet, Fábio Godinho, explicou que a companhia terá duas aeronaves de reservas e apenas uma em manutenção durante o fim do ano. Além disso, foram contratados 180 tripulantes, um crescimento de 35% em relação aos 487 existentes até então. "Estimamos um aumento de 40% no número de passageiros em relação a dezembro do ano passado, com mais de 80% de taxa de ocupação", destacou Godinho.

Alberto Fajerman, diretor de relações institucionais da Gol, disse que serão quatro aviões de reserva em dezembro e janeiro e ressaltou a contratação de 500 tripulantes. O executivo estima um crescimento de 15% a 17% no número de passageiros em dezembro, fechando o ano com o avanço total de 17% a 18% sobre 2009.

"Tentaremos fazer com que os passageiros usem o máximo da tecnologia que oferecemos para o embarque", frisou Fajerman, citando o check-in automático, que tira os passageiros das filas de embarque.

Fajerman também explicou que a Gol também se beneficia da troca dos 737-700, com 144 lugares, que somam 50 unidades na frota da empresa, pelos 737-800, com 187 lugares, para transportar mais passageiros em um mesmo voo.

Miguel Dau, vice-presidente operacional da Azul, revelou que a ocupação média da empresa em 2010 está entre 82% e 85% da capacidade das aeronaves e deve saltar para entre 92% e 95% no período de festas de fim de ano.

"Temos uma aeronave de reserva, já que a nossa frota não é tão enorme para justificar dois aviões de reserva", disse Dau, acrescentando que a empresa deverá ter 21 aeronaves a mais no ano que vem, fechando 2011 com 48 aviões e revelando preocupação apenas com a questão meteorológica no fim do ano.

A Trip contratou mais 100 pessoas para o período do fim do ano, equivalente a 5% do total da equipe. O diretor de relações institucionais da empresa, Victor Rafael Celestino, frisou que "as operações vão correr sem problemas" e estimou entre 120 mil e 130 mil o número de passageiros que serão transportados pela companhia no fim do ano, um crescimento entre 15% e 20% na comparação com o fim do ano passado.

Já o presidente da Avianca, José Efromovich, afirmou que foram contratadas 100 pessoas e ressaltou que não haverá dificuldade para lidar com o crescimento de 30% no número de passageiros transportados este ano, uma vez que o avanço na demanda foi consequência do aumento equivalente da oferta de assentos.

Fonte: O Globo

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