A Regional Centro-Leste contratou estudos de impacto ambiental para construção da nova pista em Salvador e de um novo aeroporto em Ilhéus
A Infraero assinou no último dia primeiro as ordens de serviço para a elaboração do Estudo de Impacto Ambiental e do Relatório de Impacto Ambiental (EIA/RIMA) referentes à construção da nova pista de pouso e decolagem do Aeroporto Internacional de Salvador – Deputado Luís Eduardo Magalhães e do novo aeroporto de Ilhéus. Os serviços deverão ser realizados em Salvador pela empresa Walm Engenharia e Tecnologia Ambiental Ltda e em Ilhéus pela Hydros Engenharia e Planejamento Ltda.
De acordo com os documentos, o prazo máximo para execução do estudo em Salvador será de 395 dias e em Ilhéus de 425 dias, a partir da data de autorização para início dos serviços. Os estudos serão concluídos com a entrega das avaliações que determinarão a viabilidade das obras, bem como as eventuais medidas ambientais que deverão ser tomadas para a execução dos empreendimentos.
Para a elaboração dos estudos e dos relatórios serão investidos mais de R$ 3 milhões para o EIA/RIMA das duas obras, sendo R$ 1,2 milhão para a pista do Luís Eduardo Magalhães e R$ 2 milhões para o novo aeroporto em Ilhéus.
Os estudos em Salvador e Ilhéus serão executados de acordo com o Termo de Referência (TR) elaborado pelo Instituto de Meio Ambiente da Bahia (IMA) e aprovado pelo Conselho Estadual de Meio Ambiente (CEPRAM). Para definição dos itens a serem contemplados no TR, foram realizadas audiências prévias com as comunidades do entorno do Aeroporto soteropolitano e dos municípios de Ilhéus e Itacaré, situadas nas áreas de influência direta e indireta dos empreendimentos.
A Infraero pretende construir a nova pista em Salvador dentro do sítio aeroportuário, já a área selecionada para implantação do novo aeroporto de Ilhéus fará parte do amplo complexo intermodal, denominado Porto Sul, que incluirá dois Terminais Portuários, um público e outro privado, e a Ferrovia Oeste-Leste, que transportará produtos agrícolas (soja, algodão, entre outros) e minérios (urânio e minério de ferro) produzidos no oeste baiano para o porto. A perspectiva é que o novo aeroporto venha a incrementar a economia local, explorando o grande potencial turístico da região.
O principal objetivo dos estudos é mapear as interferências positivas e negativas decorrentes dos empreendimentos. “Com essas informações a Infraero poderá garantir o desenvolvimento sustentável da infraestrutura aeroportuária no Estado da Bahia, com o aumento da capacidade operacional do aeroporto de Salvador e oferecer as condições necessárias para o desenvolvimento do transporte aéreo de passageiros e carga na região de Ilhéus”, avalia o superintendente da Regional Centro-Leste, José Cassiano Ferreira Filho.
Mais investimentos
Além desses estudos, a Infraero informa que investirá R$ 45 milhões na reforma dos terminais de passageiros, pátios de manobras e edifício garagem do Aeroporto Internacional de Salvador. Após lançamento do edital de concorrência pública e abertura de propostas apresentadas, que aconteceu no último dia 31 de janeiro, os trabalhos estão em fase de contratação de empresa para elaboração dos projetos. As obras estão previstas para serem iniciadas no próximo ano, com duração de doze meses para conclusão.
As intervenções visam readequações e revitalizações dos sanitários, ampliação dos canais de inspeção (local onde ficam instalados os equipamentos de raios X e de detecção de metais), tanto na área doméstica como na internacional, visando maior agilidade no atendimento aos passageiros; melhoria do conforto ambiental (iluminação e conforto térmico); revitalização dos sistemas eletromecânicos para garantir maior agilidade na operacionalidade do aeroporto, incluindo melhorias no sistema de som e equipamentos instalados no terminal de passageiros. Urbanismo, paisagismos externos e pavimentações também são itens do plano de ação que serão realizados, além da revitalização da sinalização vertical interna.
Os pátios 1 e 3 também sofrerão intervenções. O primeiro, que serve como área de estacionamento do maior número de aeronaves da aviação comercial, terá a sua pavimentação asfáltica substituída por pavimento de concreto. Já o segundo, voltado para a aviação geral, com estacionamento para pequenas aeronaves particulares e táxis aéreos, além de cargueiros, será ampliado, ganhando mais duas posições.
Os recursos para a elaboração de projetos e obras são garantidos pelo Governo Federal. As obras serão administradas de forma a causar o mínimo impacto na operacionalidade do aeroporto, o qual manterá as suas atividades normais. As informações são da Infraero.
Fonte: Correio 24 h
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