Ao dividir o espaço aéreo ao redor dos aeroportos, aeronaves e aves podem se chocar e causar perdas materiais e de vidas humanas. Por conta disso, levando em consideração toda potencialidade de risco à segurança de voo, o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA), por intermédio da Força Aérea FM, lançou nesta segunda-feira (14/3) uma campanha de rádio para a conscientização sobre o Perigo Aviário, nome que sintetiza o controle do risco de colisões entre aeronaves e aves.
As peças informativas para a rádio apresentam particularidades sobre o Perigo Aviário, com destaque para um dos principais focos de atração de aves na região de aeroportos: o depósito de resíduos sólidos urbanos (lixo). De acordo com o Major Aviador Henrique Rubens Balta de Oliveira, Gerente do Programa de Controle do Perigo Aviário no Brasil, além dos vazadouros, conhecidos vulgarmente como lixões, “há outras atividades instaladas perto de aeroportos que podem servir de atrativos para as aves, por oferecer suprimento às suas necessidades básicas: abrigo, água e alimento”.
Áreas de Proteção Ambiental (APA), áreas de mineração, áreas gramadas, culturas agrícolas e depósitos de grãos, atividades de aquicultura, espelhos d’água, pântanos, valas de drenagem, centros de reciclagem de resíduos sólidos, bosques, construções, criações de animais de corte, dentre outros, são exemplos de locais ou atividades que podem atrair aves, se instaladas na Área de Segurança Aeroportuária (ASA). Esta área foi definida por uma resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente, de 1995, que e abrange o raio de 20 km (para aeroportos que operam de acordo com as regras de voo por instrumento) e de 13 km (para os demais aeródromos). Dentro da área de segurança, as atividades atrativas de aves não deverão ser implantadas, enquanto aquelas já existentes devem minimizar seus efeitos atrativos.
A campanha, que será veiculada na Força Aérea FM, apresenta também curiosidades sobre o Perigo Aviário. “A ideia é mostrar que o problema está próximo de todos os cidadãos. Ainda que uma pessoa afirme não usar o transporte aéreo, ela pode ser prejudicada devido à queda de uma aeronave na sua comunidade. Além disso, a maioria das pessoas não sabe que o piloto pode se ferir gravemente se o para-brisa for atingido por uma ou mais aves, e que as colisões podem derrubar uma aeronave”, esclarece Major Rubens.
No Brasil, a média de informações recebidas, nos anos de 2009 e 2010, foi de 950 colisões com aves. Na aviação militar, a colisão com aves já provocou a morte de dois tripulantes militares e a mutilação de outros, entre eles o Capitão Aviador R1 Glauco Ferius, cujo depoimento será veiculado na campanha. É importante ressaltar, de acordo com o Major Rubens, “que o risco de acidentes aumenta à medida que a atividade aeronáutica se expande e as cidades crescem até as proximidades dos aeródromos”.
O papel do Comando da Aeronáutica no Gerenciamento de Risco Aviário
Segundo a Portaria Normativa do Ministério da Defesa, nº 1.887, de 22 de dezembro de 2010, o Comando da Aeronáutica, representado pelo CENIPA, identifica os focos de atração de aves localizados fora da área do aeroporto, efetua o registro estatístico das ocorrências e informa à ANAC os focos de atração. A partir daí, a ANAC executará as medidas cabíveis para a eliminação do risco.
Fonte: CENIPA
Um comentário:
Durante muitos anos a INFRAERO, no GIG usava foguetes juninos para espantar os urubús e quero-queros, hoje seria AK-47??. Bem , uma idéia, como a Prefeitura do Galeão já teve granja, perto do AIRJ, sugiro recolher estas aves , reativar a Granja Galeão, vender urubús por galináceos, problema resolvido!!!. O major da Aeronáutica queria que povo entende-se de riscos de colisão com aves no entorno dos nossos aeroportos???,este problema é antigo,pouco se fez para minimizá-lo , o negócio da INFRAERO é colocar as "aves de rapina" prá dentro do seu corpo de funcionários,essas não serão caçadas, temos certeza.
Postar um comentário