Segundo análise parcial feita pelo BEA, aeronave demorou cerca de três minutos e meio para cair
O relatório parcial sobre o acidente com o AF 447 foi divulgado na manhã desta sexta-feira, 27, e aponta que o avião demorou cerca de três minutos e meio para cair, em alta velocidade, no Oceano Atlântico. Conforme a análise parcial das caixas-pretas feito pelo Escritório de Investigação e Análise para a Aviação Civil (BEA), por cerca de um minuto, a aeronave mostrou duas velocidades aos pilotos que estavam na cabine.
Conforme o relatório, à 1h59, o piloto passou o comando da cabine para os dois copilotos, quando foi informado "um pouco de turbulência que você acabou de ver (...) devemos encontrar outras mais à frente". Antes de sair, o piloto ainda afirma que "infelizmente não podemos subir muito mais agora porque a temperatura está diminuindo menos rapidamente do que o esperado". Ele sai da cabine.
Às 2h06, um dos copilotos avisam os comissários de bordo que "em dois minutos devemos pegar uma área mais agitada (de turbulência) e devemos tomar cuidado". "Aviso quando sairmos de lá", finaliza. Dois minutos depois, o comandante sugere uma alteração de rota para a esquerda. Após movimentação de 12 graus na rota, a turbulência aumenta um pouco mais e a tripulação diminui a velocidade do avião.
O piloto automático da aeronave é desligado às 2h10, quando um dos copilotos avisa "Eu tenho os comandos". Em seguida o avião é puxado para a direita e o piloto faz tração para a esquerda e de elevação do nariz. Um alarme de perda dispara duas vezes e duas velocidades passam a ser mostradas à tripulação da cabine - o da esquerda aponta queda brusca de altitude. "Perdemos as velocidades", alerta um deles.
Com a elevação do bico, a aeronave começa a subir e ganha altitude: chega a cerca de 11.500 metros. A velocidade na subida cai de 7 mil pés/minuto para 700 pés/minuto. A aeronave começa a chacoalhar de lado a lado. Os copilotos chamam o comandante e o alarma de queda volta a soar. A velocidade do painel esquerdo volta a subir, abruptamente, e os pilotos continuam com a aeronave com o bico levantado. As duas velocidades mostradas, então, voltam a ser as mesmas.
A aeronave continua a subir e chega a pouco mais de 11.500 metros. Às 2h11 o comandante volta à cabine.
Fonte: Estadão
Relatório completo: http://www.estadao.com.br/especiais/2011/05/relatorio_447.pdf




2 comentários:
"às 2:11hs o camandante volta a cabine" e...
....."Atemperatura está diminuindo MENOS rapidamente????"...pergunto; o que evitaria da aeronave busacar voar em um nível + acima???....o peso, limitado pela "Altitude Capability " em Net Performance, pois a medida que voa , consumindo , ficando pois mais leve, ascenderia, em "Cruise Climb", estes caras pegaram foi 80 graus negativos já no nivel que estavam voando, que seria temperatura para 60.00/65.000 pés, uma situação quase que improvável, mas que se configurou naqueles minutos, uma fatalidade.
Postar um comentário