11.7.11

Copiloto aos 20 anos, jovem obteve horas de voo atuando como instrutor

Aos 20 anos de idade e ainda concluindo o curso de ciências aeronáuticas na Universidade Estácio de Sá, no Rio de Janeiro, Victor Hugo Figueiredo Marques já é copiloto em linha comercial.

Ele conta que ingressou na faculdade, há três anos, sem ter nenhuma hora de voo. Há três meses conseguiu ingressar no mercado devido à experiência aérea que acumulou neste período, principalmente trabalhando como instrutor de voo para principiantes, e também muita dedicação e estudo na área.

“Ser piloto não é fácil, não é só ter hora de voo. Precisa reunir tudo, ter vivência, experiência real, além da técnica e da teoria, que se aprende na faculdade. Cursos fora do país e outros treinamentos que podem te dar maior bagagem e visão ampla da aviação civil”, acredita o jovem.

“Só piloto antiquado que acha que só ter horas de voo resolve. O mundo hoje exige outro profissional”, diz Victor Hugo, comentando relatórios da Organização Internacional da Aviação Civil e da Boeing de que haverá falta de pilotos nos próximos 20 anos. O jovem é um exemplo da demanda do mercado brasileiro, que aumentou em 23% as contratações de pilotos em 2010.

Victor Hugo fez as 150 horas exigidas pela Anac para obter a habilitação de piloto comercial e, para adquirir horas de voo e conseguir entrar no mercado, começou a atuar como instrutor em uma escola de aviação no Rio.
“Entrar em companhia aérea é difícil para iniciantes, mas também não é algo impossível. Ingressei com 400 horas de voo e aí fui obtendo mais experiência. Aprende-se fazendo", diz.

"Eu tinha as 150 iniciais e consegui mais 250 horas orientando e dando instruções para novatos. É uma forma de aprender também e conseguir a quantidade mínima de horas que as empresas pedem”, afirma ele.

“Como instrutor, a gente cresce vendo e corrigindo com os erros dos outros. Acredito ainda que um piloto nunca pode parar de estudar e se aperfeiçoar, pois tem que ter uma visão de futuro, sempre pode-se apreender mais”, diz ele, que demorou um ano e meio para conseguir as 400 horas de voo.

Victor voa há três meses uma aeronave Embraer 190. Nesta semana, conversou com a reportagem antes da fazer a linha área Campinas-Rio de Janeiro. “Tive várias instruções, passei por simulador durante algum tempo. O comandante é o responsável pelo voo, mas os copilotos têm a qualificação e a formação necessárias para atuar e assumir sempre que for necessário”, diz.

Fonte: G1 / Aviação em Notícia

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