País deve encomendar 4.000 aeronaves nos próximos 20 anos e governo quer dar prioridade para fabricantes chineses
A China está perto de anunciar uma política de incentivo à indústria de aviação nacional, de acordo com informações do jornal chinês “Shangai Securities News”. É uma tentativa do governo de transferir para os fabricantes nacionais parte da demanda por aeronaves na China. Estima-se que o País encomende cerca de 4.000 aeronaves nos próximos 20 anos.
O plano do governo chinês pode atrapalhar os negócios das fabricantes estrangeiras na China, principalmente da europeia Airbus e da americana Boeing. A estimativa da Boeing é que a demanda por aeronaves comerciais na China movimente US$ 480 bilhões nas próximas duas décadas, de acordo com o jornal “Financial Times”.
A tendência é que a companhia estatal chinesa Comac abocanhe boa parte da demanda por aviões. A Comac está desenvolvendo um avião de fuselagem estreita, o C919, que competirá com o Airbus A320 e com o Boeing 737. As primeiras entregas estão programadas para 2016.
Especialistas no setor esperam que o apoio estatal impulsione as vendas do C919 na China, mas as companhias aéreas estrangeiras devem ser mais relutantes em utilizar o modelo da Comac, segundo o “Financial Times”.
O principal temor do setor aéreo é quanto a segurança das aeronaves chinesas. O primeiro avião de passageiros da Comac, o jato regional ARJ21, fez seu primeiro voo em 2008, três anos depois do previsto. No ano passado, a fabricante atrasou as entregas do jato, depois que a asa quebrou durante um teste em solo.
Fonte: IG
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