No ano passado, foram registradas 936 colisões entre aviões e pássaros no País, a maioria na aviação civil.
O governo do Estado contratou a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) para o monitoramento da fauna nos aeroportos paulistas administrados pelo Departamento Aeroviário do Estado de São Paulo (Daesp). A pesquisa teve início nos aeródromos de Jundiaí, Ribeirão Preto e São José do Rio Preto e se estenderá para os aeroportos de Campinas (Amarais), Presidente Prudente, Araçatuba, Marília, Bauru/Arealva e Sorocaba. O estudo servirá de base para a implantação de manejo da avifauna para cada aeroporto.
Acidentes entre aves e aviões é um tema que preocupa. No ano passado, foram registradas 936 colisões entre aviões e pássaros no País, a maioria na aviação civil. O motor e a cauda dos aviões foram os pontos mais atingidos, com prevalência para o momento da decolagem.
Os casos ganharam visibilidade em janeiro de 2009, com o acidente no Rio Hudson (Estados Unidos), quando o piloto de um avião comercial com 155 pessoas a bordo foi obrigado a efetuar uma perigosa manobra poucos minutos depois de ter descolado do aeroporto de La Guardia, em Nova York. Não houve vítimas. Mas as imagens correram mundo e o fato de o acidente ter sido provocado por um embate com um bando de pássaros, do qual resultaram danos nos motores, reacendeu a discussão sobre esse tipo de ocorrência.
A pesquisa da Unicamp começou em Jundiaí pelo aeroporto daquela cidade estar em uma área de proteção ambiental e ter muito movimento de aviões. Nessa região, os pesquisadores encontraram grande quantidade de lebres europeias, o que exigiu o aprofundamento do trabalho por mais alguns meses, informou o Daesp. A pesquisa está em andamento em Ribeirão Preto e São José do Rio Preto, com estimativa de encerramento em dezembro.
O estudo de monitoramento da avifauna que o Daesp está elaborando em parceria com a Unicamp é fundamental, segundo a assessora ambiental do Daesp e coordenadora do projeto, Mika Saito, para a segurança operacional dos aeroportos, pois diagnostica a fauna, especialmente as aves, existentes no sítio aeroportuário e em seu entorno.
“A ideia é identificar e monitorar a ocorrência, o tipo de aves e a presença também de animais mamíferos e exóticos no sítio aeroportuário. De posse dos dados coletados, será elaborado um plano de manejo da fauna em aeródromos para determinar as ações necessárias para o controle dos animais”, afirmou.
Fonte: RAC - Campinas
Nenhum comentário:
Postar um comentário