O Aeroporto do Galeão, no Rio, pode só começar a receber investimentos da iniciativa privada apenas no fim do próximo ano, após a Copa das Confederações e às vésperas da Copa do Mundo de 2014. Esse é o tempo mínimo considerado por especialistas, com base no adiamento do leilão de concessão para outubro deste ano, após as eleições municipais, como quer a presidente Dilma.
Outro ponto que preocupa especialistas é que a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) ainda não está elaborando o projeto para a concessão do aeroporto do Rio. Esse projeto é essencial para balizar o nível de investimentos necessário para definir o preço mínimo da concessão.
Segundo a Infraero, o Galeão tem hoje programados R$ 813,7 milhões de investimentos governamentais até o fim de 2014. Nesse valor, estão incluídas as reformas nos dois terminais e recuperação, além de revitalização, dos sistemas de pistas e pátios.
- Esse atraso é perigoso em relação ao calendário das obras. O cronograma é longo, pois é preciso apresentar em audiência pública o projeto, só depois é marcado o leilão. Em seguida, há um tempo para homologar os vencedores. No Rio, é preciso melhorar o serviço - diz Francisco Anuatti Neto, professor da Faculdade de Economia da USP.
A necessidade de investimentos no Galeão é menor que nos aeroportos já licitados, caso de Guarulhos, em São Paulo, e Brasília, onde será necessária a construção de um novo terminal. No caso do Rio, de acordo com uma fonte que está a par do projeto de privatização, a iniciativa privada deverá ter de construir um novo estacionamento. Hoje, o espaço está em estudos de viabilidade para o lançamento do edital, ainda sem uma data.
Infraero prepara esquema especial para Páscoa
Além disso, o investidor privado que levar o Galeão terá de arcar com as reformas dos dois terminais e com a melhoria nas instalações tais como escadas rolantes e elevadores. Outro ponto é a construção de esteiras de bagagem no terminal dois e a ampliação do terminal um, o mais antigo.
- Os aeroportos que já foram licitados eram os que tinham um sério gargalo. Os outros, como Galeão e Confins (em Belo Horizonte), precisam de melhorias. O Galeão tem uma capacidade ociosa, mas precisa ser melhorado. O ponto central é expansão, que vai permitir a atração de mais empresas aéreas - ressalta Marcos José Barbieri Ferreira, professor de economia da Unicamp.
De acordo com fontes, várias empresas já se movimentam nos bastidores para participar da privatização do Galeão, como as construtoras Camargo Corrêa, Andrade Gutierrez, Odebrecht e Queiroz Galvão.
Segundo projeções oficiais da Infraero, o Galeão terá de chegar em 2014 com uma capacidade de 44 milhões de passageiros por ano para atender a uma demanda de 18,7 milhões de pessoas. Hoje, recebe 14,9 milhões, comcapacidade para 17,4 milhões.
A Infraero anunciou ontem medidas para o movimento nos aeroportos na Páscoa. Os terminais devem receber dois milhões de passageiros no feriado. Houve reforço do efetivo nas áreas operacionais e de segurança, com o remanejamento da escala de trabalho dos empregados. Haverá equipes de plantão para manutenção e limpeza.
Fonte: Yahoo
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