22.2.13

COMBUSTÍVEL DE AVIAÇÃO NO BRASIL É O TERCEIRO MAIS CARO DO MUNDO


Enquanto o governo estuda subsidiar a aviação regional, levantamento das empresas aéreas aponta que o querosene de aviação nos principais aeroportos do Brasil é o terceiro mais caro do mundo.

O preço pago pelo produto para voos domésticos só perde para o dos principais aeroportos do Sudão e do Chade, na África. 

O primeiro é um país em guerra civil. O Chade não tem acesso ao mar e não refina petróleo: precisa receber combustível de outros países em longos trajetos de caminhão.

Mesmo assim, em Recife, o preço final para o mercado doméstico é quase igual ao praticado nesses países.

O levantamento foi realizado pela Iata (Internacional Air Transport Association), órgão mundial que representa as companhias aéreas.

O combustível de aviação é hoje o principal motivo de preocupação das empresas .

A alta do barril de petróleo de cerca de US$ 60 em 2009 para pouco mais de R$ 100 neste ano fez com que o custo desse insumo alcançasse em média 30% de todos os gastos das empresas aéreas.

No Brasil, por causa do preço, a estimativa é que até metade dos gastos seja com combustível. As mais prejudicadas são as que fazem voos domésticos, porque pagam pelo produto acrescido do ICMS --os voos internacionais são isentos desse tributo.

SUBSÍDIO

Por causa do alto preço do combustível, as companhias aéreas não avaliam com entusiasmo o possível subsídio para os voos regionais, em estudo pelo governo.

Elas indicam preferir a redução de custos e a melhoria da estrutura dos aeroportos para viabilizar comercialmente rotas hoje inviáveis.

A ideia do governo é pagar por uma parte dos assentos para voos em regiões remotas ou de cidades pequenas para capitais. A previsão é que o pacote de aviação seja lançado hoje.

As empresas atribuem o custo elev ado do combustível no Brasil aos impostos e à forma de cobrança da Petrobras. A estatal considera toda a gasolina de aviação vendida no país como importada. Mas 75% do produto é produzido localmente, segundo as empresas.

Fonte: Folha

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