O Sindicato brasileiro da Aviação dá o alerta: Os dois candidatos à compra da TAP - proprietários da Avianca e da Azul no Brasil - "não têm um histórico apresentável" e aconselha os trabalhadores portugueses "a olhar com muito cuidado [para a privatização] porque esses empresários são muito agressivos".
"A Avianca, principalmente, tem uma prática que nem é constitucional de trazer trabalhadores de fora para o Brasil. Os trabalhadores brasileiros veem isso com muito cuidado e têm medo de perder os seus postos de trabalho para os estrangeiros", disse à RTP Celma Balbino, porta-voz do sindicato.
Já o representante dos trabalhadores da TAP no Brasil, Edvaldo Leandro, vê [o negócio] "com muita preocupação". "Nós já saímos da Varig, e chegámos à TAP a pensar que a coisa seria melhor mas não foi aquilo que os trabalhadores esperavam", explica Edvaldo Leandro.
O responsável acrescenta ainda que, apesar de ambos os empresários serem agressivos e pouco contemplativos com os trabalhadores "há uma preferência pela Azul. A Avianca deixa-nos preocupados", conclui.
Fica ainda o aviso feito pelo Sindicato brasileiro de aeronáutica: Neeleman (dono da Azul) e Efromovich (proprietário da Avianca) são conhecidos por comprarem empresas em dificuldades, valorizarem-nas e no fim pô-las à venda.
O Governo anunciou hoje que deixou cair a proposta de Pais do Amaral e da sua holding Quifel e que vai negociar com dois consórcios: o SAGEF, liderado por Gérman Efromovich; e o Gateway, composto pela DGN (de David Neeleman) e pela HPGB (liderada por Humberto Pedrosa, também presidente da Barraqueiro).
Em declarações ao Económico a equipa de Gérman Efromovich afirmou que "recebemos a notícia de hoje do Conselho de Ministros com satisfação e, desde já, assumimos o nosso compromisso em querer negociar com o Governo uma proposta que ajude a transformar a TAP numa companhia de referência que aproveite as sinergias e mais-valias mútuas de ambos os grupos".
Fonte: Tripulantes News
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