25.8.16

Lançado em 2012, programa de aviação regional será reduzido

Mudança foi anunciada na quarta (24) pelo Ministério dos Transportes.
Com o ajuste fiscal, programa investirá R$ 1,2 bi até 2020 em 123 terminais.

O Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil decidiu reduzir o número de aeroportos que serão beneficiados pelo Programa de Aviação Regional. O ministério retirou 97 aeroportos da lista e informou que só investirá em 176, sendo que apenas 53 são considerados prioritários.

Esses 53 aeroportos irão receber R$ 300 milhões a partir de 2017. Os investimentos nos outros 123 terminais dependerá de “disponibilidade financeira”, informou a pasta em nota enviada nesta quarta-feira (24). Até 2020 o Programa de Aviação Regional deve receber R$ 1,2 bilhão em investimentos, R$ 300 milhões por ano a partir do ano que vem.

O valor disponível é bem inferior ao previsto quando do anúncio do plano, em 2012, pelo governo da presidente afastada, Dilma Rousseff. O programa previa investimentos de R$ 7,3 bilhões, que seriam aplicados na construção, reforma e expansão de 270 aeroportos. O ministério afirmou que a lista dos 53 aeroportos prioritários ainda deve ser aprovada pelo presidente em exercício, Michel Temer.

De acordo com a pasta, “os critérios para a escolha dos aeroportos da carteira de projetos foram baseados em indicadores como terminais importantes para o tráfego aéreo que já estão com restrição de capacidade; os localizados em regiões remotas, caso da Amazônia Legal;  rentabilidade do operador aeroportuário; cobertura da população em até 120 minutos de deslocamento; interesse das companhias aéreas; e proximidade de grandes aeroportos ou capitais”.

Negociação política

O Ministério informou ainda que a escolha da carteira de aeroportos que receberão investimentos foi negociada com os governos e bancadas estaduais.

“Só Roraima, Amapá, Sergipe e Distrito Federal preferiram outros investimentos nas negociações conduzidas por [Maurício] Quintella [ministro dos Transportes, Portos e Aviação Civil”, informa a nota do ministério.

Fonte: G1

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