11.3.20

Nada como uma boa piada para começar o dia!!!!

Sou arquiteto (com orgulho da minha profissão), mas sinceramente, isso só pode ser piada, né? 

Fechar um dos principais aeroportos do Brasil?...Joia da Coroa...Superavitário...um dos aeroportos mais bem localizados do MUNDO...sem contar no valor histórico que é INCALCULÁVEL...

SOCORRO!!!!

SÓ ESTOU COMPARTILHANDO A NOTÍCIA DEVIDO AO TAMANHO SURREAL E ABSURDO DA PROPOSTA...

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Proposta prevê retirada do Aeroporto Santos Dumont para construção de um novo bairro
(Por Felipe Lucena - 14 de fevereiro de 2020, do Jornal Diário do Rio)


Uma ideia dos arquitetos e urbanistas Carlos Murdoch e Felipe Salles visa a criação do bairro Santos Dumont, que seria onde hoje é o Aeroporto que tem o mesmo nome. O projeto é construir uma área desenvolvida na região, que fica entre o Centro e a Zona Sul da cidade do Rio de Janeiro.

Entre os principais motivos para levar a ideia adiante estão o tempo de hegemonia do Galeão (que desde 1947 domina o trafego intercontinental para o Rio de Janeiro), os obstáculos que o Santos Dumont tem em suas duas cabeceiras – Vão Central da Ponte Rio-Niterói e o Pão de Açúcar -, a poluição ambiental, aérea e sonora que afeta moradores do centro, Glória, Botafogo, Urca, Santa Teresa e Centro de Niterói, além do risco de acidentes em uma área extremamente povoada.

O bairro Santos Dumont teria o tamanho do Leblon. Seriam 5 milhões de metros quadrados, desses, 3 milhões para construções residenciais e 2 milhões destinados às áreas de serviços e comércio. O valor da operação imobiliária seria de R$ 100 bilhões. De acordo com o criador da ideia, o retorno em tributos anuais seria de R$ 3,3 bi.

“É um território em uma localização privilegiada do tamanho do Leblon, ao lado do Centro do Rio. Os últimos empreendimentos de grande porte baseados em uma expansão horizontal urbana não obtiveram mais o sucesso esperado. Vários fatores contribuem para isto. Desde a tipologia dos apartamentos, que atualmente devem ser menores em área e, portanto, mais acessíveis, até a questão da mobilidade urbana e do tempo perdido no deslocamento. Estamos caminhando para a era das cidades compactas, do retorno à vizinhança, do coabitar, do compartilhar e do colaborar. Cidades compactas e inteligentes serão o tom do futuro. Compactas para economia de recursos em termos de serviços, deslocamentos e infraestrutura. Inteligentes, pois através de tecnologia irão se comportar como um ser vivo, reagindo em tempo real aos estímulos identificados. Desta forma, podemos compreender que o crescimento deve ser para o Centro, e não para a periferia”, dizem os idealizadores.

Durante a construção, de acordo com os idealizadores, seriam gerados 20 mi empregos diretos. O projeto também prevê a implementação do metrô da linha 2A, que ligaria Estácio à Ilha do Governador.

“Além disso, seriam mais de 60 mil empregos indiretos, o que pode influenciar aproximadamente a renda de 300 mil habitantes. O valor da operação imobiliária varia de 75 a 100 bilhões de reais. Uma vez instalado, o bairro tem o potencial de gerar aproximadamente 30% do déficit orçamentário do Estado do Rio no momento”, destacam Carlos e Felipe.

Aeroporto Santos Dumont
Para a dupla de arquitetos, a execução desta linha deve ser prioritária, uma vez que o aeroporto SDU somente deve ser “desligado” após a conclusão da mesma. Por uma feliz sincronicidade, a área do aeroporto está na melhor rota para uma expansão do Metrô para Niterói e, posteriormente, São Gonçalo. Simbolicamente falando, o aeroporto está no centro geométrico da metrópole do Rio de Janeiro.

“Algumas cidades fizeram isso. Os aeroportos sempre procuraram áreas fora das cidades, mas as cidades cresceram. Temos como exemplos no Brasil, o da Pampulha e o de Congonhas. Em outros países, por exemplo, o Aeroporto de Berlim, na Alemanha, que foi importante na época nazista, hoje é um grande parque. O Santos Dumont é pequeno, mas tem opção de logística, há uma sobrevida. Acho pouco provável que essa pressão venha a acontecer. Contudo, imaginando que o Santos Dumont venha a ser desativado seria interessante ter uma ocupação populacional na região. É o que sempre falamos sobre a vinda de pessoas para o Centro do Rio. Ainda temos muitas regiões para ocupar no Porto Maravilha. Muitas áreas a serem utilizadas na cidade. Mas é importante que sonhemos as cidades. Cidade é o que sonhamos, planejamos e realizamos. É muito importante imaginar a cidade”, disse o arquiteto e urbanista Washington Fajardo.

De acordo com os pensadores do projeto, a geração deste novo bairro é uma oportunidade para reescrevermos a história do futuro. Podemos conceber operações imobiliárias que atrelem o desenvolvimento e a ocupação da Zona Portuária ao direito de construir no SDU. Podemos estabelecer um plano de ocupação que gere oportunidades de habitação e trabalho para os jovens de diversas classes sociais, um polo de universidades e um hub tecnológico. Acima de tudo, de forma audaciosa, devolver a esperança e a autoestima do carioca.

https://diariodorio.com/proposta-preve-derrubada-do-aeroporto-santos-dumont-para-construcao-de-novo-bairro/

3 comentários:

Henrique Falleiros disse...

Especulação imobiliária pura e simples. Não é o primeiro e nem será o último aeroporto ameaçado por interesses imobiliários.

Rafael Matera disse...

Sinceramente? Deveriam ter os diplomas cassados pela quantidade de asneira que falaram.

Rodrigues disse...

Ao contrário, coloquem 150 m e 50m ,respectivamente, de STOPWAYS no final das pistas SUL e NORTE.
Usem os STOPWAYS como cabeceiras de pista para as decolagens no sentido SUL e NORTE.
Não ferem os limitantes para decolagens e pousos.