28.2.08
Até julho, TAM vai anunciar a sua entrada na Star Alliance
Até julho, TAM vai anunciar a sua entrada na Star Alliance
Resgatar a imagem da qualidade do serviço da TAM é o grande objetivo de uma escalada de mudanças na TAM, a começar pela nova logomarca e o lançamento da maior campanha publicitária da história das companhia fundada pelo saudoso comandante Rolim Adolfo Amaro, há mais de 30 anos.
Os números que hoje a TAM ostenta são invejáveis - entre eles, as 21.800 operações mensais (pousos e decolagens) e a média de 2,2 milhões de passageiros transportados -, que fazem dela a empresa líder nas operações e no número de passageiros transportados no Hemisfério Sul, segundo estudo da consultora Bain & Company.
Mas a TAM sabe que o desgaste do acidente com o A320 foi tão sério e profundo que criou para ela a obrigação de mostrar, ao respeitável público usuário de seus serviços, que foi capaz de tomar atitudes corajosas e fazer mudanças que levam ao aperfeiçoamento dos seus serviços.Quando a TAM invoca que mais de 22 mil empregados estão assinando essa comprovação pública de esforço para fazer dela a empresa
preferida dos brasileiros, ela não está preocupada tão-somente com a concorrente Gol, que continua crescendo, ou com o retorno da Varig às operações domésticas.
Há três aspectos importantes a considerar:
1) A TAM prepara o anúncio de sua adesão a uma grande aliança internacional, a ser confirmada até julho. Tudo indica que será a Star Alliance, onde já estão suas principais parceiras, como TAP Portugal e United Airlines. E empresas com quem tem afinidades, como Lufthansa e Air Canada.
2) A TAM precisa aumentar sua presença nas rotas para os Estados Unidos, dominadas pela American Airlines, sua ex-parceira, e fortalecer sua marca no disputado mercado europeu. Para isso, terá de acrescentar novos destinos e formatar novas parcerias comerciais.
3) Precisa, também, ser mais conhecida internacionalmente - daí esta boa idéia de passar a usar, fora do Brasil, o nome TAM Airlines. E destacar o Brasil na fuselagem de seus jatos. As turbinas, antes pintadas em vermelho, passam a ser brancas, com o nome do Brasil em azul.
Todas essas mudanças têm o dedo do novo presidente, comandante David Barioni Neto, escolhido na hora certa. Ele pretende demonstrar, com fatos, que a TAM voltou a ser uma companhia de aviadores com espírito de voar e compromisso de bem servir. Mais do que transportar passageiros e cargas, fazer isso com alegria e prazer.
A nova marca da TAM, com uma gaivota estilizada, em azul escuro, sobre fundo vermelho, e uma nova grafia, significam que a companhia não está apenas mudando símbolos, mas reafirmando os princípios básicos de sua missão. Não se contenta apenas em ser a maior. Quer voltar a ser a melhor.
A TAM, pelo visto, reconheceu que não basta ter comissárias de bordo bonitas, bem vestidas, maquiadas como se fossem para uma festa, e com penteados impecáveis - mas parecendo frias, mecânicas, robotizadas, sem transmitir calor humano. Sabe que elas precisam demonstrar ao viajante que trabalham com alegria; gostam do que fazem; e pretendem, realmente, transformar cada viagem numa experiência
agradável.
É importante que a TAM não fique deslumbrada demais com sua liderança, de 48,55% no mercado doméstico, e 67,04% nas rotas internacionais. A concorrência se torna mais acirrada, a cada dia, e ela enfrenta competidoras bem estruturadas, poderosas financeiramente e dispostas a ampliar seus lucros nas rotas brasileiras, e latinas em geral.
Ninguém falou mais sobre a alegria de voar e o espírito de servir do que o comandante Rolim. Pena que, num determinado momento, após sua perda prematura, a companhia que ele fundou, e amou demais, se esqueceu de seus ensinamentos - não meras palavras brilhantes em palestras, e frases de efeito, mas em atitudes coerentes ao longo de sua vida.
... Aquele Rolim que, às seis horas da manhã, numa segunda-feira de tempo nublado, estava ao pé da escada do Fokker 100 (então, estrela da frota), no Aeroporto de Congonhas, cumprimentando, um a um, cada passageiro que embarcava, e agradecendo sua preferência - isso num tempo em que a Varig era líder disparada, e a Vasp e Transbrasil, mais Nordeste, Rio Sul, Pantanal e Passaredo, eram suas concorrentes. Quanto mais a TAM voltar a se inspirar em Rolim, melhor para ela e para todos os usuários do transporte aéreo nacional.
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