11.2.09

Pane no motor parece ser fator causador do acidente com EMB-110

A hipótese mais forte com que trabalha a Defesa Civil do Amazonas é a de que uma pane de motor pode ter sido a causa da queda do avião EMB-110P1 Bandeirante no Rio Manacapuru na tarde deste sábado. Segundo informações passadas à Agência Estado pelo coronel João de Matos Suzano, meteorologista e técnico da Defesa Civil do Estado do Amazonas, as investigações devem partir desta possibilidade.

Segundo os primeiros informes, a aeronave matrícula PT-SEA teria decolado do Aeroporto de Coari (AM) às 12h30 com 22 passageiros e dois tripulantes, o piloto e o copiloto, rumo ao Aeroporto de Manaus. Nesta informação já começa a haver um indício que precisa ser investigado: um Embraer 110P1 como esta aeronave pode levar no máximo 19 passageiros, ou 5.670 kg de peso máximo. De toda forma, vinte minutos antes de chegar ao destino, o piloto teria pedido autorização à torre de controle para retornar a Coari. A queda se deu a 500 metros da pista do aeroporto de Manacapuru. Inicialmente, o acidente estava sendo atribuído ao mau tempo na região. 

Entretanto, segundo Suzano, as autoridades parecem não estar considerando muito esta versão, porque, tão logo foi feito o contato, a aeronave teria saído do raio de alcance do radar. Para alguns especialistas, a queda pode ter acontecido nesse momento. 

- O tempo aqui no Amazonas está chuvoso, mas pelas informações, que ainda deverão ser confirmadas pelas investigações, no local do acidente a chuva não era tão forte - disse o coronel Suzano.

Ele acrescentou que o avião, fretado da empresa Manaus Taxi Aéreo, tinha um plano de voo, e que o documento já teria sido requisitado pelas autoridades como peça do inquérito que será instaurado para apurar o que, de fato, levou à queda. Para Suzano, a única informação oficial até agora diz respeito ao resgate com vida de quatro passageiros do avião. Foram salvos Liam da Costa, de 9 anos; Bruna Bia Moraes, de 21anos; Erik Evangelista, de 23 anos e Ana Castro Reis, de 43 anos. O coronel da Defesa Civil desmentiu informações que inicialmente atribuíam a propriedade do avião à Petrobras. Segundo ele, é até possível que a estatal esteja ajudando nos trabalhos de busca e resgate das vítimas, mas, por enquanto, não há nenhuma notícia de que algum funcionário da empresa estivesse a bordo da aeronave. 

Fonte: Jetsite

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