Dilma resolveu o impasse com o PSB, mas o partido sai fraturado com o convite frustrado a Ciro para ocupar uma pasta. Depois de muita polêmica, ela aceitou duas indicações do partido: o ex-prefeito de Petrolina Fernando Bezerra Coelho para o Ministério da Integração Nacional; e o prefeito de Sobral, Leônidas Cristino, para a Secretaria de Portos. O acerto foi feito com os governadores Eduardo Campos (PSB-PE) e Cid Gomes (PSB-CE), que ontem se encontrou com Dilma.
Inicialmente, estava prevista a criação da secretaria de Portos e Aeroportos. Mas, diante da possibilidade de crise aérea, Dilma decidiu manter toda a área de Aeroportos no Ministério da Defesa. Só depois ela vai avaliar a conveniência de criar a pasta de Aeroportos. — O PSB ficou contemplado com os dois ministérios — resumiu o vice-presidente do PSB, o ex-ministro Roberto Amaral.
Dilma decidiu manter no cargo o atual ministro Jorge Hage, da Controladoria-Geral da União. Havia pressão do PT mineiro pelo cargo. Mas, com a falta de entendimento entre os grupos mineiros, Dilma optou pela solução caseira. De última hora, Dilma tentou uma negociação com a DS e aceitou a indicação do senador eleito Walter Pinheiro (PT-BA), como representante da tendência para o Ministério do Desenvolvimento Agrário. Mas ele recusou: — Acabo de ser eleito senador pela Bahia. Não dava para não exercer o mandato. Com a recusa de Pinheiro e a guerra da DS com o Nordeste, o nome de Florense passou a ser negociado.
Já para o Gabinete de Segurança Institucional (GSI), depois de um encontro com o ministro da Defesa, Nelson Jobim, Dilma escolheu o general de Exército José Elito Carvalho Siqueira. Ele foi chefe de Segurança do governo Fernando Henrique Cardoso e esteve na missão do Haiti.
Até ontem à noite, o nome da deputada Iriny Lopes (PT-ES) era cotado para a Secretaria das Mulheres. O problema era a resistência da tendência petista Articulação de Esquerda, inconformada por ter perdido a pasta da Pesca.
Fonte: O globo
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