A presidente Dilma Rousseff escolheu executivos de bancos para comandar a remodelação do setor brasileiro de aviação civil, chave para o país, que organizará a Copa-14 e, dois anos depois, os Jogos Olímpicos.
Ela convidou o presidente do Banco Safra, Rossano Maranhão, para ser ministro da Secretaria de Aviação Civil.
Ele havia sido sondado anteriormente para dirigir a Infraero. Diante da recusa, Dilma chamou o diretor de Liquidação do Banco Central, Gustavo Matos do Vale, para chefiar a estatal que administra os aeroportos do país.
Os dois convidados ainda não deram resposta definitiva. Têm, primeiro, que se desvencilhar das atuais atribuições. Mas Dilma já disse a eles que quer mudanças rápidas e deu carta branca para montagem de equipe -com a ressalva de que prefere "técnicos" nos cargos.
O governo calcula que terá de investir R$ 5,5 bilhões nos aeroportos que servirão as 12 sedes da Copa.
A Infraero, que terá seu capital aberto, deixará de responder ao Ministério da Defesa. Passará ao guarda-chuva da futura secretaria -assim como a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil).
A nova estrutura deverá ser sacramentada por meio de medida provisória -mais provavelmente em março, depois do Carnaval.
O governo decidiu adotar um sistema misto de gestão. Além da abertura de capital da Infraero, a reformulação prevê que terminais e até aeroportos passarão às mãos da iniciativa privada.
Dois dos principais aeroportos do Brasil (Guarulhos e Viracopos, em São Paulo) estarão no pacote, como a Folha revelou em janeiro.
TAM e Gol já manifestaram ao governo o interesse de construir e operar as novas alas.
Durante o governo Lula, o ministro Nelson Jobim (Defesa) chegou a defender que as administrações de todos os aeroportos fossem concedidas à iniciativa privada.
A ideia foi rejeitada por Lula e pela então ministra Dilma (Casa Civil). Ambos temiam o rótulo de privatizantes. Dilma dizia preferir apenas abrir o capital da Infraero, para que esta captasse recursos e aumentasse a capacidade de investimentos.
Ex-presidente do Banco do Brasil, Rossano Maranhão já havia recusado um convite para a Infraero no auge na crise área de 2007, oferta feita por Lula.
Fonte: FOLHA DE S PAULO
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