2.2.11

Interesse da Gol pela TAP começa a ganhar altitude

Conversas estariam em curso desde outubro do ano passado; eventual aquisição agregaria a malha aérea na Europa e elevaria faturamento a R$ 10 bilhões

A privatização da TAP está no radar dos Constantino. A Gol estuda entrar na disputa pela companhia aérea portuguesa. Não deixa de ser uma resposta, ainda que modesta, à associação entre TAM e Lan.  O projeto é guardado a sete chaves e discutido pelos controladores da empresa a 20 mil pés de altitude. 

Segundo uma fonte de altíssima patente, ligada ao Conselho de Administração da Gol, os Constantino vêm mantendo contatos regulares com o presidente da TAP, Fernando Pinto, desde outubro de 2010 – quando o governo português anunciou pela primeira vez o propósito de iniciar o processo de venda da companhia até março deste ano. 

Trata-se de uma operação complexa, a começar pelo funding. Embora ainda não haja um valor para a operação – o gabinete do primeiro-ministro José Sócrates fala apenas em arrecadar seis bilhões de euros com a venda de quatro ou cinco estatais – a Gol não está disposta a entrar sozinha na disputa. Os Constantino pretendem desembarcam na TAP na companhia de fundos de private equity. 

Os Constantino enxergam na compra da TAP uma oportunidade de dar uma grande chacoalhada na Gol. A operação representaria um choque de expectativa no mercado e aumentaria a autoestima entre os funcionários da companhia, a começar por seus próprios acionistas. 

A Gol, que nasceu sob a bandeira do low cost, é hoje uma companhia sem identidade. Perdeu a franquia do baixo custo para outros concorrentes, como Azul e Trip, e não conseguiu reposicionar sua imagem no mercado.  Hoje, é uma empresa com dificuldades em todas as latitudes. Convive com a tendência de perda de participação no mercado interno para competidores menores, como a própria Azul, e não tem escala suficiente para concorrer nas rotas internacionais. 

Do ponto de vista operacional, a compra da TAP colocaria a Gol em outro patamar. A empresa, que voa apenas para a América do Sul, finalmente criaria uma malha internacional de fôlego, notadamente na Europa. Os portugueses operam em 30 países, contra apenas 12 da empresa brasileira. Hoje, a TAP é a companhia que mais oferece voos entre o Brasil e o continente europeu. 

A Gol herdaria ainda 71 aeronaves, o que lhe permitiria saltar para uma frota de mais de 180 aviões. Em termos de faturamento, passaria de R$ 6,5 bilhões para mais de R$ 10 bilhões ao ano. 

Fonte: http://cidadebiz.ig.com.br

2 comentários:

Unknown disse...

Rafael,
isso seria bom ou ruim para a TAP M&E aqui do Brasil????
Abraço,
Heinz

Anônimo disse...

Começa assim, compra uma , absorve outra, funde com mais uma, depois vira uma VARIG e vai à falência. Nós já vimos esse fime várias vezes, na Bananalândia.