15.4.11

Air France 447: famílias querem que EUA analisem caixas-pretas

O presidente da associação dos familiares de vítimas do voo AF 447, Nelson Faria Marinho, quer que as caixas-pretas do Airbus A330 da Air France que caiu no Oceano Atlântico em 31 de maio de 2009 sejam periciadas pelo órgão técnico dos Estados Unidos. Embora as caixas-pretas ainda não tenham sido identificadas, Marinho descarta a possibilidade de elas não saírem do mar junto com os destroços já identificados. "As buscas já localizaram a cauda da aeronave e é lá que as caixas-pretas ficam na maioria dos aviões", argumenta o presidente da associação das famílias brasileiras.

Com a análise do conteúdo das caixas-pretas, de acordo com as opiniões técnicas que Nelson Marinho coletou antes de viajar a Paris, será possível obter o registro do que aconteceu nos últimos momentos do voo que fazia a rota Rio-Paris, momentos depois de ultrapassar a linha do Equador, onde a aeronave caiu. 

Nelson Faria Marinho acredita que os dados apenas confirmarão as evidências que as associações de familiares já conseguiram obter através de entrevistas a pilotos franceses e coletando depoimentos de técnicos em aviação. "As caixas-pretas vão comprovar que a Air France não dava manutenção adequada e que havia defeito na bússola e em outros equipamentos da aeronave", garante. 

A convicção de que conhece o resultado final da perícia é tanta que Nelson Faria Marinho levanta suspeitas para a possibilidade das investigações francesas apontarem dados conflitantes. "A Air France é uma companhia na qual o governo francês tem participação", diz. Ele afirma que o risco de se obter um dado diferente das evidências já levantadas reforça a necessidade da análise do conteúdo das caixas-pretas por americanos. "Os Estados Unidos são um país neutro nesse caso e eles têm capacidade técnica para o serviço", afirma. 

Marinho e os representantes de associações de familiares de outras três nacionalidades tiveram uma reunião com o secretário de Estado do governo da França, Thierry Mariani, na manhã de segunda-feira. No encontro, também foi solicitado que os restos mortais de passageiros e tripulantes encontrados junto aos destroços fossem levados para o Recife (PE). 

O presidente da associação brasileira acredita que os corpos já passaram por desgastes demais ao permanecer por quase dois anos a 3,9 mil m de profundidade no meio do mar e considera o traslado a Paris uma agressão a mais. "Isso é desnecessário. A identificação pode ser feita no Recife, como ocorreu no primeiro momento", pediu. Ele foi informado, pela diplomacia francesa, que os corpos retirados seriam imediatamente levados para perícia de identificação. 

As primeiras buscas realizadas logo depois do acidente, em junho de 2005, encontraram 50 corpos entre os 228 passageiros e tripulantes que estavam a bordo do voo 447 da Air France. A identificação de cada pessoa foi feita no Instituto de Medicina Legal (IML) do Recife.

Fonte: jornal do Brasil

2 comentários:

Anônimo disse...

Aproveitariam e abririam a "caixa-preta" dos Gastos do Governo do Lula, da Presidência, do Palácio do Planalto, a "caixa-preta" do Senado e Camâra Federal, a "caixa-preta" da INFRAERO e suas maracutaias, obras superfaturadas, CPI´s, a "caixa-preta" do Mensalão , lógico,todas estas "black-box" levadas para Paris, e analisadas por gente séria, competente, sem "rabo" preso.

Anônimo disse...

Estes familiares dos mortos do acidente da AF,estão perdidos, tontos, desasistidos, uma covardia!!.
Já os familiares dos 21 mortos da Base de Foguetes de Alcântara(MA),receberam a "merreca" de R$ 100 mil, no acidente(sic) da base de lançamento do foguete "CachaçaI" , e a ressalvar que eram técnicos, cientisitas , mão-de-obra altamente especializada,dificil de ser reposta em curto tempo. E o acidente do GOL, na floresta , provocadopelo Legacy com 2 indivíduo incompetentes, irresponsáveis que se dizem pilotos, na contramão da aerovia,com a contribuição dos controladores ausentes, desatentos ,que nada falavam de Inglês, é a tal da "Teoria do Dominó" tão propalada pela CENIPA, e que seus colegas de farda esqueceram de colocar em prática. Oremos!!!!.