Sob ameaça de embargo das obras dos novos terminais remotos, o Aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, inaugura hoje um Módulo Operacional Provisório - o chamado "puxadinho" - que vai ampliar a capacidade do aeroporto em mais 1 milhão de passageiros.
Hoje, Cumbica tem estrutura para 20,5 milhões de pessoas e já recebe 30% mais que isso. Números da própria Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) mostram que o aeroporto vai fechar o ano com 31 milhões de passageiros.
O novo puxadinho tem 1,2 mil m² e seis portões de embarque remotos - nos quais passageiros pegam ônibus até aviões. A obra custou R$ 2,8 milhões.
As próximas obras de infraestrutura previstas para Cumbica, porém, estão na mira da Justiça Federal. O Estado revelou ontem que a Procuradoria da República pediu a imediata paralisação das obras dos "puxadões", os terminais remotos de 24 mil m² que vão ocupar a antiga área dos galpões de carga da Vasp e da Transbrasil. A justificativa é que o contrato da obra foi feito sem licitação pela Infraero, ao preço de R$ 85,75 milhões, com previsão de entrega da primeira parte em dezembro. A Procuradoria quer agora que o contrato com a Delta - construtora escolhida para fazer a obra - seja anulado e a estatal abra um processo de concorrência.
Congonhas. Ontem, a Justiça Federal negou o pedido do Ministério Público Federal (MPF) de suspender as operações do Aeroporto de Congonhas, na zona sul de São Paulo - o MPF questionava a segurança da pista depois do acidente com a avião da TAM em 2007, que matou 199 pessoas.
Para a Justiça, os peritos que avaliaram a pista de Congonhas na época do acidente não julgaram necessária a interdição, e sim fizeram recomendações de segurança que já estão sendo seguidas.
Fonte: Agência Estado / IFR Online
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