A Gol deve iniciar em dezembro o processo de venda compartilhada de passagens com a Webjet, disse ontem o presidente da companhia, Constantino de Oliveira Júnior. 'Estamos passando por integrações permitidas pelo Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica)', declarou o executivo, após participar de painel em encontro do setor realizado pela Associação Latino-americana de Transporte Aéreo, no Rio.
A compra da Webjet pela Gol foi anunciada em julho. O processo, no entanto, ainda depende da aprovação do Cade. Enquanto a decisão não sai, o conselho determinou que a estrutura da Webjet seja preservada. O objetivo é que, caso o negócio seja barrado, a operação possa ser desfeita, sem prejuízo aos consumidores.
Também em dezembro, a Gol pretende racionalizar a malha das duas empresas. 'Faremos algumas mudanças na malha em dezembro para evitar a sobreposição de voos e aumentar o número de frequências em alguns destinos, permitindo que proporcionemos maior qualidade de serviço para o público', disse Constantino.
O executivo explicou que, quando as duas empresas tiverem voos partindo de um mesmo aeroporto em direção a uma mesma cidade, uma das frequências pode ser deslocada para outro destino.
Perguntado se a Gol analisa se associar a uma companhia estrangeira para contrabalançar o movimento da rival TAM, que está em processo de fusão com a companhia chilena LAN, Constantino destacou que a empresa que ele comanda está focada no mercado brasileiro e que, por enquanto, não há nada em vista nesse sentido.
Ponto de conexão. Também presente no encontro, o presidente da TAM, Líbano Barroso, afirmou que após a conclusão da operação com a LAN, as duas aéreas pretendem trabalhar com dois grandes hubs (pontos de conexão) para voos internacionais: um em Lima, no Peru, e outro no Norte ou no Nordeste do Brasil. A ideia é utilizar a capital peruana como uma base de acesso à Costa Oeste norte-americana e transformar o futuro hub brasileiro numa plataforma para movimentar passageiros para outras partes dos Estados Unidos, Europa e África.
'Hoje, um voo direto de São Paulo para Los Angeles ou para San Francisco não é viável, mas um voo que concentre passageiros em Lima e vá para a Costa Oeste é possível', disse Barroso. 'A mesma lógica vale para a Costa Leste da América do Sul, que seria o caso do Norte ou Nordeste do Brasil. De um hub logístico ali, você ficaria a seis horas tanto de Miami, quanto da Europa e África'.
Segundo Barroso, a TAM já estuda 'grandes cidades' nas duas regiões brasileiras para estruturar o futuro hub da Latam, empresa que deve ser formada com a fusão das duas aéreas, porém uma definição só deve ser sair ao longo de 2012. A expectativa das duas companhias é de que a operação de fusão deve estar concluída até o fim do primeiro trimestre do ano que vem.
Também até o primeiro trimestre de 2012 a Latam deve definir em qual aliança aérea ficará: a StarAlliance, da qual a TAM faz parte hoje, ou a OneWorld, da qual participa a LAN.
Fonte: MSN
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