7.5.15

Parceria Unicamp e Airbus formará profissionais no setor aeronáutico

Uma parceria entre a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e a fabricante de aeronaves Airbus ajudará na formação de mão de obra para o setor de aviação. O curso para alunos de graduação e pós-graduação da faculdade de engenharia mecânica da Unicamp será voltado à pesquisa e a inovação (P&D) industrial na área de materiais compósitos (modelagem industrial) para a fabricação de aviões e helicópteros.

“Estaremos participando do esforço de formação na área de inovação, junto com a universidade. Estamos um pouco mais seguros de achar no futuro os funcionários  e os engenheiros qualificados que nós vamos precisar nos próximos 20 anos”, afirma o diretor presidente da Airbus Brasil, Bruno Gallard. 

A pesquisadora do centro de pesquisa do grupo Airbus Ana Cristina Galucio permanecerá por nove meses na Faculdade de Engenharia Mecânica da instituição de ensino. Segundo ela, os trabalhos serão na área de blindagem em duas frentes.

Uma envolvendo novos experimentos e o segundo no campo computacional. O curso começa em junho e não tem limite de vagas e não será pago. Outras informações no site da universidade.

“Vai beneficiar a empresa e o país como um todo”, avalia o diretor da Faculdade de Engenharia da Unicamp, Antônio Carlos Bannwart.

A falta de mão de obra é uma realidade em fábricas no país. Em Sumaré (SP), a 26 quilômetros de Campinas, uma empresa é obrigada a formar os próprios funcionários. Recentemente uma máquina de jato d’água chegou ao local e ninguém sabia operá-la.

Ela faz cortes precisos na produção de peças.  Um profissional dos Estados Unidos foi contratado e permaneceu na fábrica por dois meses.

Um engenheiro  canadense foi contratado para desenvolver novos produtos. “Ele trás algumas coisas de fora para tentar implantar para nós aqui”, explica Eduardo Campos Leardini, analista de desenvolvimento da empresa aeronáutica, que comercializa dez aeronaves por mês.  

O gerente- geral da Flyer Indústria Aeronáutica, Luiz Cláudio Gonçalves, ressalta que como não existe uma escola de formação na área, os novos contratados passam por um período de adaptação e por cursos internos.

“Apesar de termos toda parte de processo desenvolvida, uma pessoa que entra faz a integração  e os nossos cursos internos e depois fica com uma pessoa mais experiente. Isso até termos a tranquilidade de deixarmos  trabalhando na linha”, avalia.

Fonte: G1

Nenhum comentário: